segunda-feira, 28 de março de 2011

Up Solidário

Passada rápida aqui só para trazer boas novas:
Falei com ela (bem, foi só um "oi" e uma tentativa de puxar assunto) semana passada.
Hoje já vi que não estou mais bloqueado no MSN.
Um passo de cada vez e eu chego lá.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Easier to Run

"É mais fácil correr
Substituindo essa dor por algo atordoante
É muito mais fácil ir
Do que encara toda essa dor aqui sozinho

Algo foi tirado
Do meu interior
Um segredo que mantive trancado
Ninguém pode ver
Feridas tão profundas que nunca aparecem
Nunca vão embora
Como imagens em movimento na minha cabeça
Por anos e anos sendo reproduzidas

Se eu pudesse mudar, mudaria
Pegar de volta a dor, pegaria
Refazer cada movimento errado que fiz, refaria
Se eu pudesse
Me levantar e levar a culpa, me levantaria
Se eu pudesse levar toda a vergonha para a cova, levaria

Às vezes eu me lembro
Da escuridão do passado
Trazendo de volta essas memórias
Que eu queria não ter
Às vezes sinto vontade de deixar para lá
E nunca olhar para trás
E nunca seguir
Pois assim não existiria um passado

Simplesmente deixar isso de lado
Toda a falta de ajuda interior
Fingir que não me sinto deslocado
É tão mais simples do que mudar

É mais fácil correr
Substituindo essa dor por algo atordoante
É muito mais fácil ir
Do que encara toda essa dor aqui sozinho"

Música do Linkin Park, tradução minha. Senti que tinha que traduzir e compartilhar. Comentar fica pra depois.

terça-feira, 22 de março de 2011

Desilusão, pessimismo ou covardia?

"Tudo tem seu dia/ tudo tem sua hora". Será?
Longe de mim desconfiar da sabedoria secular que, apesar de não afirmar a existência do destino, argumenta que certas coisas tem hora certa para acontecer. Seria esse o caso da amizade que eu comentei nos outros textos? Talvez ela tenha começado da maneira inusitada que eu relatei porque era a hora certa. Talvez ela tenha acabado porque não era mais a hora. Talvez eu tenha falhado nas outras tentativas de reatar porque não era o dia. Talvez...

Assistindo um episódio (fraco) de House me vi na pele do médico nanico e narigudo (Taub) que precisava refazer um teste anos após tê-lo feito pela primeira vez e gabaritado. Nesse meio tempo ele tentara de novo, acertando menos de 70% da prova. Na preparação para o exame o mini-médico revela sua maior preocupação: "Qualquer nota que eu tire que seja inferior à primeira servirá somente para mostrar a distância entre aquilo que eu fui e como estou agora". Voltando ao assunto predominante, começo a ver que muito dificilmente uma eventual retomada da amizade trará algo tão forte quanto a original. Ou seja, a relação funcionaria como uma medida de como tudo piorou. Até poderia pensar que vivo um momento Tiririca, "pior do que tá não fica", mas a grande pergunta é: vale a pena?

Milton Nascimento cantou que "Qualquer maneira de amor vale a pena" e eu incluo o amor fraterno que é a amizade nisso. Eu tenho como ideal acumular o mínimo de arrependimentos possível, isso é, faço ou não faço algo sabendo que a chance de me arrepender depois é pequena. Desse vez eu acho que não. A chance de eu me arrepender, se não tentar, daqui a 9 meses (quando sair do CP2) me parece ser grande e aí a possibilidade de tentar de novo é praticamente inexistente. A decisão é minha, mas eu não faço ideia do que fazer e nem de como encerrar o texto, então fica assim até amanhã

sexta-feira, 18 de março de 2011

“Não deixe nada pra depois/ Não deixe o tempo passar/ Não deixe nada pra semana que vem,/ Porque semana que vem pode nem chegar”. É isso. Estou em casa de novo. O que eu fiz? Deixei tudo para depois! Obviamente acabei por não fazer nada. Neste momento eu repudio a minha própria inércia e minha incapacidade de fazer algo, aparentemente, muito simples. Acho que o pior é o fato de eu saber quais são os motivos dessa “timidez”: o orgulho que parece me inibir pelo medo de dar tudo errado (sim, sou paradoxal e descumpro o que eu mesmo escrevi ontem; faça o que eu falo não faça o que eu faço) e o zelo.

Zelo? Como assim? Então, eu sei que eu errei muito com ela e isso provavelmente a magoou. De certo modo, eu penso que ela deve estar melhor assim e não quero fazer com que ela se sinta mal, mesmo que isso me deixe mal. Pensamento idiota, fato. Mas eu faço isso com MUITA freqüência em diversas áreas. Eu me preocupo demais em não magoar ou ferir as pessoas e esqueço de fazer o que eu acho melhor para mim.

Outra amiga me disse certa vez que “isso se dá por conta de uma depressão mesmo, uma solidão, uma carência...” De acordo com ela isso lhe foi ensinado na Igreja e o vazio ao qual se referiu ficou subentendido que era o lugar onde Deus deveria estar. Parêntesis rápido para esclarecer que esse era um longo período agnóstico da minha vida. Ainda não posso dizer que preenchi o vazio, logo, só saberei se ela estava certa daqui a um tempo.

Voltando ao assunto da garota com que não falo há tempos, as desculpas que eu conto para mim mesmo (mentiras) são a parte tragicômica dessa situação. Ontem não falei com ela nem antes da aula, nem depois porque ela estava com as amigas. Hoje eu já tinha resolvido: falaria com ela de qualquer jeito. Para facilitar minha tarefa, enquanto eu esperava para atravessar a rua antes da aula eu a vejo no horizonte esfumaçado pelo monóxido de carbono que é o ponto de ônibus. Agora era fácil. Mas lembra daqueles dois motivos do primeiro parágrafo? Enfim...

Esses textos mesmo são patéticos. Afinal a mesma coragem que surge tão subitamente em casa à noite evapora durante o sono e some de manhã. Se duvidar, publicarei esses textos em um blog na vazia esperança de que ela leia e eu não tenha que falar nada diretamente.

Não falar diretamente, aliás, foi uma das minhas especialidades durante a amizade. Logo no primeiro contato, uma mentira. Sabe aquela garota que você vê no recreio, acha absolutamente linda, mas não sabe nem o nome? Então, aproveitei uma oportunidade e inventei uma estória de perguntar se ela fazia curso no IBEU porque eu já teria visto ela lá. Balela, só queria mesmo saber como se chamava. O mais bizarro foi que eu saí extremamente feliz por ter, finalmente, falado com ela (como fica fácil perceber, não sou, digamos, bom em puxar assunto com garotas). Agora tudo o que eu quero é ter tal “coragem” de novo para voltar a falar com ela.

Obs.1: Sabe como é, se, por acaso, a garota do texto ler isso, peço que ela comente.

Obs.2: A música do primeiro parágrafo é da Pitty.

Obs.3: O texto não tem título mesmo, depois explico por quê.

Prólogo

“Devia ter arriscado mais/ E até errado mais/ Ter feito o que eu queria fazer/ Devia ter aceitado/ A vida como ela é/ Cada um sabia a alegria/ E a dor que traz no coração” Nunca tinha percebido como a letra de Epitáfio é simplesmente uma das mais poéticas, mais bonitas e mais úteis da música nacional.

Logo eu, que me empenhei vigorosamente em provar para a professora de filosofia que música é arte. Eu, que desenvolvi um ótimo projeto de festival musical de integração no CP2 (que, em breve, colocarei em prática). É. Nunca havia visto a beleza escancarada nesses versos melódicos simples.

A “epifania” veio junto com o meu pensamento de aluno do 3º ano e futuro ex-aluno: a hora é agora. Sim, porque o melhor dia da minha vida foi hoje, é hoje e será hoje. Na cura do vício da mediocridade afetiva devo viver cada dia de uma vez, por mais contraditório que isso possa parecer para alguém que estuda em março para provas em novembro. Mas, afinal, ontem é passado e, como diria Renato Russo, “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã/ Porque se você parar pra pensa/ na verdade não há”. Só posso atuar hoje, agora.

Este estranho texto que parece escrito para que alguém leia é na verdade, para mim. Talvez eu realmente precise lê-lo para realizar uma forma de transformar o Epitáfio dos Titãs no prólogo de todas as manhãs. Tal objetivo, por sinal, parece ser alcançado com frequência por uma amiga minha. E ao relembrar fatos dessa e de outras amizades percebo que, frequentemente, devemos aceitar “as pessoas como elas são”. Quer dizer: por mais que ações isoladas desses amigos possam me deixar chateado (ou mesmo puto) a minha obrigação é levar em conta que eu não faço ideia do que os motiva. De fato devo abandonar o pensamento egoísta de que só eu teria problemas. Do mesmo jeito que eu me revolto quando os outros acham que conhecem os meus problemas, devo aceitar a recíproca, pois a amizade e tudo aquilo em que me ajudaram vale muito mais do que a raiva momentânea.

Chegando ao final do texto, estou satisfeito por extravasar o que eu sinto há dois dias; agora. Não tenho por hábito (e pelo vício da vaidade) ler meus textos em revisão. Eu posso, daqui a um ano, um mês ou um dia, achar que isso aqui não passa de um texto de um ébrio sóbrio que se embriagara com seus sentimentos e tentou manter a razão. Entretanto, hoje eu precisei disso e vejo que essa nova filosofia de vida me dará forças para me arriscar e lutar por uma amizade que é muito importante para mim e que, por todos esses erros, acabou. Posso quebrar a cara? Sim, mas até errar é benéfico quando arriscamos. Por fim, assim como larguei o livro de português para escrever um texto, eu vou fazer o que quiser fazer. Hoje!